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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Construção...
Estou preocupada.
E como  eu  uso  esse blog para manifestar minhas inquietudes, nada mais justo do  que usá-lo para este pequeno desabafo.
A questão  que vem me agoniando é muito profunda, é como se fosse uma ferida aberta prestes a aumentar... Porque não está tendo o o  cuidado necessário para sarar....
A ferida? A maneira como  vejo  que as crianças estão  sendo tratadas em algumas escolas... o descaso,  a vontade de se "livrar" destas crianças, e não de ensiná-las,  à mostra para elas o mundo lindo que elas podem construir através de suas próprias ações,  sendo protagonistas!

O  que tenho visto é alunos sendo "convidados a não ir à aula" para não "espantar" professores, alunos que são  desacreditados e tachados de incapazes, e tenho visto  que para muitos educadores dar  o mínimo para eles já basta,  como  se eles não precisassem ir além...
É este ir além  que eu me refiro como uma maneira de tratar  desta ferida, é preciso mostrar  aos alunos a capacidade que eles tem  de surpreender,  não  só  aos outros, mas A SI  MESMOS!
Segunda-feira eu  assisti uma cena linda,  digna de entusiasmo! Tenho um  aluno  que tem 16  anos e tem dificuldades em  ler,  escrever e em  realizar cálculos matemáticos... ele mesmo já não acredita que pode fazer isso,  não  está mobilizado para realizar  as tarefas propostas. Mas segunda foi  diferente. Ele fez cálculos mentais e quando terminou  a tarefa abriu um  sorriso  que saltava de seu próprio  rosto  e disse: "toca aqui professora que eu  consegui!". Foi lindo. Tá,  é uma cena comum pra muitos, mas pra ele não. Ele percebeu  que aprendeu e se surpreendeu  com  a sua capacidade, e sim,  ele tem capacidade. Todos eles tem. Todos nós temos.
Mas ai  vem um monte de gente dizendo querendo teorizar  a educação,  escrevendo mil  soluções,  apresentando mil trabalhos sem nunca ter vivido  a prática.... só  lido sobre ela.
Isto  que falta na educação,  a união EFETIVA  da teoria e a prática, pois esta dialética tem  ficado  só nos livros  pelo  que percebo como  bolsista de iniciação à docência. Não  que eu  seja contra os teóricos, pelo contrário...
Sou  a favor da união entre estes dois aspectos, pois juntos eles transformam as utopias na mais plena realidade. Juntos eles vão  além ... assim  como eu penso  que meus alunos devem ir....
A teoria qualifica a teoria  e através da prática eu  significo os pressupostos teóricos que a academia me proporciona... Ai  que tá o  ponto  chave:  a significação  do saber!
Esta significação por parte de nós acadêmicos reflete na significação que os alunos fazem dos conhecimentos que eles estão construindo nas atividades que propomos no PIBID...
São  partes que constituem uma experiência que tem construído novas possibilidades para as crianças...
A ferida só  sara quando  todos tem consciência da capacidade destes pequenos projetos de futuro  e fazem com  que eles próprios acreditem no  seu potencial, possibilitando ir além do  que eles mesmos acharam ser seu  limite de conhecimento, utilizando o conhecimento construído com um instrumento  de luta para a democratização dentro do contexto  no  qualestão inseridos.
Quero participar da construção  de sujeitos ativos e reflexivos! Quero crescer junto com  eles, não  sobre eles...

Tá aí uma questão  norteadora para uma bela reflexão...
A bola tá quicando, só falta chutar!









domingo, 3 de abril de 2011

Para pensar...

Realidade de muitos dos meus antigos, atuais e futuros alunos.

 E onde fica o  PAPEL  DO PROFESSOR?


                                                             ***REFLITA***

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Finalizações satisfatórias, amém!

Preciso falar, pois inquietações vêm tomando conta de mim há um bom tempo. Inquietações das quais eu não tenho conseguido  administrar, por isso  a demora em transcrevê-las em um post. Eu  gostaria de comentar  sobre as últimas impressões que tive do trabalho na sala multi realizado na Escola Altina Teixeira, durante o  ano  de 2010,  ao lado da minha colega Indyele.
Estou  tão  feliz, pois vejo que as coisas deram  certo! Percebo que a nossa “plantação”  REALMENTE deu  frutos, não somente para nós, projetos de educadoras, mas para a comunidade  que foi  atendida no projeto. Durante o  ano  eu  vinha me perguntando  se isso  resultaria  em  algo satisfatório, se os alunos iam conseguir refletir sobre as suas ações, ou se veriam  significado  em  tudo  que estávamos construindo juntos.
E sabe... Tenho certeza que tudo isso valeu muito  à pena. Nas últimas semanas de aula, os alunos estavam tristes por saberem  que as atividades estavam  no fim, e que no  ano  de 2011 talvez não  fossemos mais os mesmos... Reforçando  a idéia de que "não  se meche em  time que está ganhando". E nós éramos o  que mesmo? UM TIME!
 Não  qualquer time, mas um  time que tava jogando pra vencer,  e vencemos!
Vencemos obstáculos que eu  juro  que não  acreditava que poderiam ser vencidos. Vimos uma aluna que tinha vergonha de falar em público contando histórias e mais histórias no  final  do  ano. Vimos um aluno  que brigava com todos reforçando  as regras para o  grupo  e a união  entre todos os "jogadores' do time. Vimos uma aluna que era arredia com as professoras transformar-se em  fonte de afeto  e agradecimento por olharmos mais profundamente para ela. Vimos olhares com  sede de descoberta conjunta.
E, de maneira  emocionante,  eu  vi em pequenos gestos dos pais o  eterno  agradecimento. No último dia de aula  formou-se uma fila em nossa porta para nos agradecermos  com abraços cheios de carinho, lágrimas que nem  eu ( que nunca fui manteiga) pude segurar...
Aquelas famílias são invejáveis, partindo do meu ponto de vista. Aqueles pais, mães, tias, avós, mães adotivas, se rendem  aos alunos, lutam,  choram, agradecem, sorriem, refletem  todos os gestos deles. Isso me emocionou demais, justamente por não ter esse modelo  de família unida, cúmplice de carinho,  amizade, COMPANHEIRISMO. Eu invejo isso nos meus alunos, muitos deles têm o  que eu nunca tive, olha só  que irônico,  justo eu  que sirvo  de modelo para muitos deles. Mas, pelo contrário,  aquelas famílias são MEUS MODELOS. Tá certo  que algumas  são  exatamente do jeito  que a minha é, mas são poucas que refletem a mesma DESFAMILIARIDADE  que a minha tem.
Sabe aquela inveja boa? De querer espalhar toda aquela bondade pelo mundo e querer um pouco pra si? Essa é a minha inveja,  a de querer transformar o bom em  comunitário
Sei  que meus alunos não  lêem meu  blog, aliás,  sei  que poucas pessoas o lêem... Mas fica o  agradecimento, não  só para eles, mas para todos que fizeram desta construção  do  PIBID 2010 tão linda.
Agradeço  à Escola Altina Teixeira, por ter aberto  suas portas para que pudéssemos compartilhar de tanta amorosidade.
Agradeço  aos responsáveis pelos nossos alunos, por deixarem que participássemos da vida desses projetos de futuro...
Agradeço  aos meus colegas, por terem caminhado lado  a lado,  estreitando laços de companheirismo  que fizeram  toda diferença...
Agradeço  à professora Leandra, por ter impulsionado tanta coisa boa e ter acreditado na gente, vendo além do  que era óbvio, sendo  a treinadora de um  time que deu  certo.
Agradeço à professora Nara, pela oportunidade de exercer esse trabalho tão gratificante neste projeto.
Enfim, agradeço  aos meus alunos,  que são a parte mais importante disso  tudo. Sem eles nada teria sido tão lindo, nada seria tão transformador e produtivo pra ambas as partes. 
                                                Obrigada,  e que venha o  PIBID  2011!

PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL NA EXPERIÊNCIA NO ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR-PIBID

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Autora: Nathana Fernandes.
Co-autores:Indyele da Silva Fontoura e Maria Odete Dias de Campos
Orientadora:  Profª. Me. Leandra Boer Possa
Coordenadora do Subprojeto: Profª. Drª. Nara Vieira Ramos.  
INTRODUÇÃO
  O trabalho que apresentamos integra o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência-PIBID, e oportuniza a nós, acadêmicos do Curso de Pedagogia, aprender a docência a partir da atuação durante a formação. Esta atuação está projetada no desenvolvimento de atividades pedagógicas com característica multidisciplinar na Escola Municipal Altina Teixeira. Nesta experiência, as crianças que participam das atividades são recebidas tendo em vista uma concepção de aprendizagem que se constitui num processo de construção e de produção ativa.
O processo de construção da aprendizagem tem se baseado num movimento de mobilização dos alunos para uma ação em que eles sejam os sujeitos ativos e reflexivos construindo conhecimentos escolares significativos.

OBJETIVOS
O objetivo do trabalho de atendimento pedagógico multidisciplinar na Escola é significar o processo de aprendizagem dos alunos, identificando numa relação pedagógica como as atividades propostas possibilitam a construção ativa de saberes deles e de nós como docentes em formação.


METODOLOGIA
  A prática pedagógica durante o atendimento multidisciplinar se dá através de atividades que produzam sentido e significado para os alunos, incentivando-os a serem ativos no processo de construção de aprendizagens a partir de suas ações. Os atendimentos ocorrem três vezes por semana durante 2 horas, atendendo duas turmas em horários diferenciados da sala de aula regular.  No primeiro grupo são atendidos os alunos do 1° ao 3° ano do ensino fundamental e o  segundo  grupo atende os  alunos de 4º e 5° ano .
Através dos atendimentos pedagógicos multidisciplinares, pudemos entrevistar os alunos para identificar como eles atribuem diferentes significados para as experiências de aprendizagem que se realizam na sala de aula e no atendimento multidisciplinar realizado por nós, acadêmicas, bem como pelo processo de avaliação da construção de conhecimentos efetuado nos registros de aprendizagem dos alunos. 

RESULTADOS
  Face às ações vivenciadas, pudemos constatar com base nos instrumentos de coleta de dados, em especial os relatos dos alunos, que o atendimento surge como uma alternativa de contínua aprendizagem, através de atividades que estimulam a construção ativa e participativa dos educandos.
Num dos relatos, uma aluna fala que conseguiu “ler melhor” através das dinâmicas propostas, além da atenção individual que os alunos recebem. Uma aluna do 1° ano destaca que na sala de aula regular não acompanha os colegas devido à quantidade de atividades que são escritas no quadro, apontando que “se ela (professora) escrevia pouco no quadro eu escrevo bem rápido e tudo”, descrevendo as atividades do atendimento como “divertidas”, não sobrecarregando os educandos.Percebe-se que a dinamismo, a não rigidez e a não fragmentação do conhecimento no contexto multidisciplinar valoriza a interação do grupo, reforçando a ideia da formação de um time, onde os alunos se percebem como agentes do crescimento em grupo.  
CONSIDERAÇÕES FINAIS
  O processo de construção de conhecimento que se dá durante o atendimento  multidisciplinar vem tornando-se uma experiência significativa para os alunos e para nós acadêmicos do Curso de Pedagogia que estamos num processo de iniciação a docência. A experiência de saberes significativos que dão sentido àquilo que se aprende se constitui num processo de construção, pois a mobilização do aprender tem como referencia uma prática educativa que ao produzir sentido também possibilita o reconhecimento de potencialidades e autoconhecimento. Esta prática tem nos apontado que a escola pode sim ser um lugar de cooperação, parceria e de criatividade.
  
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BECKER, Fernando. A origem do conhecimento e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed, 2003. 
DELVAL, Juan. Aprender a Aprender. São  Paulo:Papirus, 1997. 
SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Tempo de aprender: Subsídios para as Classes de aceleração de aprendizagem nível 3 e para toda a escola.2º Edição. Florianópolis: DIEF, 2000.



 

sábado, 13 de novembro de 2010


"Escola é o lugar onde se faz amigos. Não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos... Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima.(...) Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade(...)" Rubem Alves