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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Mas com palavras não sei dizer...como é grande a saudade de vocês...





Meus alunos do Estágio do Curso Normal em 2008.
Terça-feira estava andando em frente à escola que estagiei e tive uma linda surpresa: Vi dois destes alunos, e não os via há dois anos. Sabe quando o teu coração dispara ? Pois é, o meu disparou. Um deles eu chamava de meu bombonzinho e outro era o Jéferson...queridos. Foi uma daquelas cenas que a gente vive e passa a relembrar um passado não muito distante, e dá vontade de viver tudo de novo. Tão bom...
O mais importante disso foi que eles lembraram de mim, "ahhh, é a profe do pré!".
Que vontade de voltar a dar aquelas aulas, fazer nossas sessões de culinária, nossos teatros com fantoches feitos por eles, nossos passeios...
Cenas lindas, pena que a vida não tem replay. O que me deixa feliz é que eu sei que estou tendo a chance de viver tudo isso de novo, mas com novos protagonistas...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Ouçam. (...) a página AINDA está em branco...

Contentamento orgulhosamente sentido....

Eu preciso desabafar.
Faz dias que eu to adiando a vontade louca que eu estou para escrever o que tanto me emociona, me angustia, me preocupa...
Tudo começou na quarta-feira passada, quando tive o primeiro contato com os pais dos meus alunos, e me senti a pessoa mais capaz do mundo. Vi em minhas mãos tanta história boa pra ser contada, umas nem tanto, umas que talvez nem valesse a pena reproduzir. Naqueles olhos curiosos eu encontrei a vontade de fazer acontecer. Explicamos como se daria o atendimento multidisciplinar para as crianças, nos apresentamos e propomos uma união.
A tal formação de um time que eu tenho tanto pensado em minha prática...
Confesso que eu estava tremendo e só conseguia falar o quanto estou empolgada com esse novo desafio.
No meio disso tudo, uma mãe falou: "Faz muito tempo que eu estou esperando essa ajuda, o meu filho precisa de vocês!" Aquilo me emocionou, pois aquela mãe estava com os olhos cheios de lágrimas e realmente estava apostando as suas fichas em nosso trabalho. Estou certa que criar expectativas talvez não seja o melhor a se fazer, mas não há como negar que eu quero dar o meu melhor. Eu vou fazer o máximo para que toda a confiança que depositarem em mim seja recompensada com um sorriso singelo, um simples "aprendi", um simples "obrigada". Isto vai ser recíproco,pois eu sei que vou aprender junto com eles, afinal somos eternos aprendizes com sede de conhecimento.
Eu pelo menos sei que sou assim, e gosto de ser .

Depois que sai daquela reunião, mas consegui conter minha ansiedade para começar a dar aula, e eis que nesta segunda-feira eu começei esse trabalho êxtasiante.
Eu estava completamente nervosa, com mil ideias na cabeça.
Mas com o tempo eu fui me sentindo mais segura, mais confiante e mais certa do que eu quero fazer.
Realizamos uma atividade relacionada com a Copa do Mundo,onde todo o grupo formaria uma time repleto de união e companheirismo, para ajudarmos uns aos outros com as nossas dificuldades. Foi lindo ver que muitos deles se mostraram disponíveis a estender a mão para o outro, a aprender junto...
Vi um aluno de 3° ano ajudando uma aluna do 1° ano a juntar o B e o A para formar o BA, cena simples, mas muito significativa. Mas tem uma coisa que me deixou extremamente marcada: Quando fizemos a "ficha técnica" de cada jogador, onde eles entrevistariam uns aos outros para levantar características de cada "jogador' do nosso time, um aluno escreveu uma coisa que eu não consigo tirar da minha cabeça.
Entre as perguntas que eles fizeram uns aos outros tinha a seguinte questão: "Se você encontrasse o gênio da lâmpada, quais seus três pedidos?". Um aluno respondeu que um dos seus pedidos era "dar orgulho aos meus pais". Nossa, pode parecer meio exagerado, mas aquilo me tocou de uma maneira muito forte. O meu maior desejo desde pequena sempre foi dar orgulho para os meus pais, aquela resposta refletiu na minha história. Eu também tinha dificuldades de aprendizagem, mas eu tive uma professora que segurava na minha mão e me ajudava em tudo, graças a ela foi despertada essa sede de aprender que eu tenho. Depois disso, eu quis aprender mais e mais.
Junto com isso, eu via que aquilo deixava meus pais orgulhosos e não parei mais. Foi quando passei no vestibular, e vi o sorriso da minha mãe e o rosto contente do meu pai ao ver sua caçula conquistar o que sempre quis, acho que isso é orgulho. Sabe, talvez eu possa ajudar esse aluno a alcançar o seu desejo. Eu consegui e o gênio da lâmpada foi a minha professora Cássia, eterna...
Porque não tentar ser um gênio da lâmpada também ?
Soa meio utópico, mas como eu já disse, eu sou extremamente sonhadora. Já sei, sem expectativas Nathana!
Mas eu não me controlo. Eu quero, eu posso , eu consigo!
E esses pequenos anjos, também...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

(...)

Se educar é uma arte de semear, como diria Rubem Alves, eu tô indo pra minha plantação!

Mesmo que demore, muitos frutos eu vou colher...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Nos seus respectivos olhares eu encontrei a minha luz.

Primeira troca de olhares, um princípio de inspiração!

Hoje de manhã me ocorreu uma situação que eu não imaginava que pudesse ser tão significativa. Fui nas salas de aula de meus futuros alunos a fim de convocar os pais para uma pequena reunião informando à respeito do atendimento especializado da Escola Altina Teixeira. Um simples gesto de entrega de bilhetes, um simples contato? Não.
Eu, do alto do meu momento de banalidade, me vi emocionada com aquela singela cena. Estantâneo encantamento....
Eu vi naquelas crianças a chance de tornar um antigo sonho real. E agora, vou compartilhá-lo com quem está lendo este relato.
Eu estava vendo meus cadernos do tempo do Magistério, e decidi rever o conteúdo de didática, com o objetivo de encontrar algo que me ajudasse em uma disciplina que tenho na faculdade, quando me deparei com uma pergunta feita a mim e aos meus colegas: "O que você quer fazer daqui a 3 anos?" Minha resposta foi a seguinte : "Estar cursando faculdade da UFSM e ser alguém na vida". Resposta curta, sem argumentos, sem grandes explicações. Ai me deparei com outra pergunta: "Porque você quer ser professor?" Respondi: "Quero ajudar no desenvolvimento educacional do país!". Uma resposta sem pensar, confesso. Eu tinha apenas 14 anos, estava ali naquele curso porque minha mãe não me deu outra opção, apenas para seguir a carreira que a maioria das mulheres da minha família segue. Mas em três anos e meio eu aprendi a querer fazer a minha resposta verdade, REALIDADE. Quando eu vi aqueles pequenos rostos com sede de conhecimento, de carinho, de troca.... eu não pude me negar a participar desta fantástica construção. Durante o meio ano que fiz o meu estágio do curso Normal na Educação Infantil e nos dois anos que trabalhei como professora de Educação Infantil,aqueles pequenos sábios passaram a ser parte integrante do meu eu, eu sei o nme de cada um, o jeitinho de cada um, eu sei o que cada um ME ajudou acrescer. Meus alunos, eternos...

Então, voltando ao objetivo inicial deste relato, eu quero relatar meu estalo repentinamente motivante. Hoje, ao ver aquele meus futuros construtores, eu me emocionei. Repassou na minha cabeça o filme dos meus antigos alunos e tudo o que a gente aprendeu junto . Me dei conta que a partir de agora to começando uma nova história, e to em êxtase. Na minha mente estão surgindo tantas ideias, tantas aspirações, tanta coisa que não cabe mais em mim.
Agora me resta por em prática minha utopia estonteante, fazer das minhas antigas respostas o mais próximo da minha realidade, da realidade do nosso futuro: As crianças!